Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Fazenda Figueira

Na fazenda da Figueira
Viviam sempre faceiras
Clarinha com mechas curtas
Cabelos longos Morena

Difícil imaginar
Amor com ar alçapão
Duas apaixonadas
Pelo taura do rincão

Ele sempre violeiro
Não faltava na guaiaca
Famoso pelas festanças
Bailes, outras fuzarcas

Carreira já estava atada
Partilhar o mesmo prato
Taura sempre que ia
Duas iam ao quarto

Sôfregos em disparada
Suavam correndo rios
Naqueles campos gelados
Além do frio nenhum pio

O canário acordou
Voltaram a realidade
Começava a partilha
Repartir a tal saudade

Após tantas primaveras
Corriam pelas vertentes
Menino claro encantado
Chinoquinha lindamente

Apartado deste sonho
Lembravam ser altaneiro
Quem cuidou foi duas mães
Quem partiu nunca inteiro.

Caborteira esta vida
Degustar mesmo fervor
Talvez o sonho conceba
Repartir o mesmo amor

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