Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

sábado, 16 de janeiro de 2010


Cindinho Medeiros


Minha homenagem ao grande poeta e amigo



(In memoriam)


Cindinho.


J.Norinaldo.






Fui fazer uma visita a um grande amigo e poeta,


Que havia sido eleito para tertúlias no céu,


Cheguei tirei o chapéu numa morada esquisita,


E vi em cima da cripta o retrato do Cindinho.






Tentei fazer uma prece das poucas que eu sabia.


Esqueci a poesia que ele tanto gostava,


Nessa hora a língua trava e a palavra não sai,


Só lembrei que esta falava sobre o Rio Uruguai.






“Uruguai, cancha das águas entre Argentina e Brasil,


Num disparadão sutil lembra o velho Boi Tatá


Onde os do lado de lá, conservam mágoas oriundas.


Porque as águas mais profundas pendem pro lado de cá”






"Uruguai das ilhas grandes, farol mudo do balseiro


Antigo chão brasileiro que dantes dera buchinchos,


Mui quebrador de curinchos não é como as praias belas


Em vez de lindas donzelas, tem rebanhos de capinchos".


(Parte da poesia Rio Uruguai, de Gomercindo Medeiros Filho)






Ah! Quantas vezes te vi orgulhoso a declamar este hino,


Lá pras bandas de Garruchos vendo a fogueira queimar


Esperando o chibo assar e a cerveja lá no poço gelando.


E nós ali escutando, eu, Noel Guarani e Cenair Maicá.






Ah! Quanta lembrança boa ó meu amigo Cindinho


Vez por outra um sapucaí que alguém gritava a esmo


E entre um trago e outro Cindinho sempre dizia


Agora me deu medo. E sabe de quem? De mim mesmo!






Bem agora estás ai, com teu amigo Noel e também o Cenair.


Eu ainda estou por aqui esperando a hora certa


Sei que a porteira está aberta, só não sei quando partir.


Mas, quando isto acontecer outra vez vamos nos reunir.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Espelho

Já falei que este espelho
Sobrevive de mentir
Somente mostra a beleza
Quando em ti refletir



Tambem Quero

Na disputa acirrada.
Quem ama mais o que é teu
Não sou muito exigente.
Tudo que é teu é meu.


Tranca

Este negocio de tranca
Não adianta insistir
Única que eu conheço
Foi da porta ao partir.


Carretas

Toca Touro Macanudo
Toca terneiros tambem
Carretas com os pertences
Caminhos do azevem
Na volta desta tropeada
Quem toca em mim é meu bem.

Aventureiros Ventos

A colheita começou
Delicadas as sementes
Ouve pequeno problema
Vento conta para gente
Mudaram a fruta do pé
Além de nascer beijinhos
Vai dar muito cafuné.