QueroÁgua
Madrugada muita fria
Sementeira de ilusões
Brotam todos corações
Regando raiz com suor
Sermos dois dentro de nós
Certeiro tiro no bojo
Se alguém voltear no povo
Beba uma canha por nós.
Lareira incandescente
Pelegos extraviados
Cheirando a pele e cravo
Vertente doce dos lábios
Descobrir não ter estragos
Mastigar uma escultura
Ir ao mato de armadura
Preciso for ser escravo
Olhos contemplam um teto
Rancho odores de flores
Quantos daqueles amores
Sovaram a mescla do pago
Sentenciam com afagos
Manhã sua doce rotina
Mandar crias na cacimba
Quarto todo perfumado