Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ao Mar

Meu canto possui um rio
Suas águas com clareza
Todas mágoas partem nele
Quando evocamos tristezas

Penso aonde ir parar
Cargas fúteis deste tempo
Sangas que se encontram
Levando embora lamentos

Minha casa é barranqueira
Canoa minha flutuar
Uruguai rio caborteiro
Me leva até o amar

Aonde é o encontro
Doces com sal do mar
Não importa a distância
Quem ama há de encontrar...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Campo Encharcado de Verde



Toda partida precisa

Carece muito de vida

Apagar as amarguras

Que causaram despedidas



Ventos tão diferentes

Todos eles com razão

Veleiro do lastro branco

Jogado na imensidão



Rara sempre a clemência

Engolem mar e vão

Gaivota desatinada

Despedaça coração



Sabedor da calmaria

Carente de água doce

Voltará sempre pra terra

Partilhar coisas que trouxe



Eu que moro na coxilha

Meu telhado é picumã

Espero desde bem cedo

Com a nevoa da manhã.
Abraço na Flor



Não se tem consentimento

Dimensionar carinho

Doce na sua entrega

Amargo quando mesquinho



Claridade estampada

Sorriso uva de cachos

Mergulhar buscando luz

Não tendo você no abraço



Sina dos com saudades

Encontrar o seu sorrir

Colibri despoja mágoas

Sorvendo mel de ti



Brilha sol incandescente

Aquece face gelada

Sacia sede de amores

Meu corpo tua morada.