Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

sábado, 21 de agosto de 2010

No Tempo



Tapera não é solita

Mansa chuva no terreiro

Ventos secam no varal

Recuerdos, o tempo inteiro.



O sol derrama carinhos

Na mescla que se formou

Poeira toda encharcada

De amores logo brotou.



A noite assume bela

Beijando o sol no adeus

Meu pampa acalma almas

Todos os amores seus.



Aurora chega macia

Seu ventre fecunda as lidas

Defendendo a minha terra

Mesmo em outras vidas

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jujus

Este sonho há de levar
Aos jorros dos mananciais
Refletindo em tuas águas
Negros olhos fatais
Voltear o pensamento relutando em um querer
Ingrata espera só maltrata este ser
Elo da corrente que separa o meu bem
Se tu não vens que de mim será.

Fica um rancho solito
Meu olhar grita aflito
Procurando tua imagem
Em rastros em qualquer risco
Peço para a lua que me ajude clarear
Estes passos certos que te levam a voltar
Sedentos da verte que fecunda no tocar
Se tu não vens que de mim será.

Nasce o sol das minhas preces
Reponta sombras da noite
Quebrando sobras de gritos
Despertar sem mais açoites
Verde encharca o pasto do viver
Parto ao infinito jamais morrer
Falarei da vida amada querida
Se tu partir que de mim será.