Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aquartelar







Aquartelar o sossego


Redescobrir rios em cantos


Conviver meio a caranchos


Precisa habilidade


Desprender da falsidade


Garras sempre ao largo


Qualquer cordeiro incauto


Cuidar-se ou devorado.






Maravilhas encontradas


Parar e saborear


Tempo há de sobrar


Para sorver esta lida


Preciosa igual querida


Que deixamos esperando


Sempre sonhar voltando


É o elixir da vida






Assim é o traço campeiro


Empunhar seus argumentos


Requer sair do relento


Sombrear continuidade


Afagar a claridade


Cuidar sempre do seu ninho


Tudo é como passarinho


Depois do vôo a saudade.

Pezinho

Teu pezinho trinta e quatro
Difícil de eu achar
Sapatinhos com brilhantes
Estes voce vai ofuscar

Se não achar um que caiba
Prontamente convocar
Anjos para te alçarem
Teus pés não arranhar.




Tranças

Conheci uma menina
Voava sempre as tranças
Eu brincava de carinho
Ela sempre de esperança

Tempo passou danado
Não existe mais criança
Meu carrinho de carinhos
Guardo cheio de lembranças

O sumo deste bom fruto
Nós devemos degustar
Nunca esquecendo a saudade
Destas tranças a voar.


Voar

Quando parte um querido
Difícil de suportar
Uma saudade latente
No peito vem a judiar

Rumo não nos compete
Isto é um tal de vem e vai
Amanhã numa tropeada
Nos trocamos de lugar

Ensinamento completo
Pai do céu nos explicou
Soltemos suas amarras
Já cumpriu sua jornada
Com a brisa ele voou .


Duas Mãos


A dupla só é perfeita
Se derem sempre as mãos
Esquecendo o ditado
Alguém acaba no chão


Pensar





Não pense muito querida


Pois pensar acaba em vão


Raciocine com firmeza.


Achará a solução.