Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Certa vez me perguntaram

que jeito tem a saudade

me agarrei a santidade

procurando explicação

saudade chega ao rincão

e ajeita o pouso na calma

e com as vazilhas da alma

traz água do coração.



Cindinho Medeiros
Padecer



Vai chover em nossa horta

vou ter como plantar

não quero enterrar ninguém

pois muito luta virá

poucos conseguem água

pra poder se saciar

não padeça nesta hora

sempre a flor vai rebrotar.

De Passagem



Cintos que se amarram

com a dor que lhes pertence

viajar cheio de gente

todas bem no coração

ir a solta no estradão

de dia e madrugada

procurando sua morada

com sombra no meu rincão





Juventude,doce língua

dialeto que só faz bem

não esquecer de ninguém

no andar desta carroça

que as vezes dizemos joça

por desfazer o que temos

não transformo minha roça

em castelos opulentos



Nada temos a lamentar

que doçura o nosso lar

o lamento é se jogar

em espinhos desiguais

agradecemos aos pais

trilharam nossos caminho

não viajaremos sozinhos

apenas arrume um cantinho

não tarda, eu vou chegar.
Bilhetes



Não te mando mais bilhetes

não por falta de papel

é que perdi minhas penas

que voavam pelo céu

mas agora descobri

um modo de avisar

gritando teu coração

espere pois chego já.