Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alma Caborteira

Sou barro de algum rio
Mesclando tantas lamurias
Sou desta cor tão escura
Que da vida aos elementos
Sou apenas complemento
De alquimias da lua
Sempre tive alma pura
Soberano em meus ventos

Desgarrei-me deste raso
Soltei a frente da nau
Meu barco conhece o mal
Parar em falsas areias
Embora tenham sereias
Incautos desprevenidos
Engano ter como abrigo
Águas baixas são cadeias

Conheço o trote certo
O canal destas viagens
Águas profundas coragem
Daqueles que te seguiram
Um cometa neste rito
Encanto pela verdade
Somente a eternidade
Dimensionará o meu grito

Seja bem vinda parceira
Minha alma caborteira
Já enxergo na porteira
Acarenciada no pago
Remendado com estragos
Que o campo irá curar
Não carece mais chorar
Teus campos brotam na cheia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário