Luxurias no Campo
Troteando no lusco fusco
Cascos moldam pedregulhos
Magia em ver fagulhas
Misturando alguns perfumes
Tarde véu de vaga lumes
Os campos já descansando
Lindas chinocas esperando
Amores que se assumem
Meu destino neste pago
Amar sou ser finito
Já fui um taura aflito
Perdido torto a direito
Hoje levo do meu jeito
Amores que me consomem
Feliz e matando a fome
Com jujos do infinito
Apeei já orvalhado
Candeeiro embriagava
As meninas angustiadas
Desejando altivez
Barbaresca rigides
Crespa e Lisa na encilha
Roseteando alazão
Gemendo tudo outra vez
A noite foi de ardências
Velas se desmanchando
Entrevero adoçando
Toda rude maciez
Pelegos mel camponês
Amores em exaustão
Todos um só coração
Relva lua e os três
Choramingo era previsto
Vertem olhos na partida
Café com leite enfeitiça
Pães que diabas amassaram
As doçuras do estuário
Promessas voltar semana
Coreado por duas prendas
Saúde ao peão ordinário
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