Tentar entender as passagens
que temos em nossas vidas
apertos nas despedidas
nos mostram o enrijecer
devemos sempre entender
os desejos de quem cria
menos dias ou mais dias
a gente vai renascer.
Ventanias que transformam
as palhas de nossos tetos
uma quantia de afeto
disperso sempre a voar
procuramos pelo ar
algo que nos de branduras
para aliviar penas duras
que devemos enfrentar.
Não represar estas águas
um conceito natural
rogamos pai celestial
partilhar o entendimento
nos abster dos lamentos
saber tocar, ir adiante
perceber que não distante
teremos nosso final.
Um final que recomeça
canta a palavra divina
é no andar lá de cima
a razão maior do ser
o Cristo com seu saber
irá clarear os caminhos
tirando todos espinhos
de nossos amanheceres.
Peço ajuda ao Pai divino
sustentar esta minha dor
carrego em meu andor
santos e pergaminhos
mapas, longas estradas
serão todas iluminadas
por estes que saem do ninho.
Renascer na invernada
capricho da natureza
entender a realeza
atos de nosso Pai
transformar os que iguais
conservam a esperança
de um dia voltar criança
correr em campos florais.
Negrinho do Pastoreio
rogo uma prece pra ti
ajude eu descobrir
o manto que me sufoca
quero sair desta toca
me saciar em tuas aguadas
quem sabe de madrugada
entenda que não perdi.
Por favor, é que te peço
me tire do formigueiro
quero voltar ser faceiro
correr em campos, voar
perceber que um amar
alivia as feridas
dizer à águas aflitas
não judiar mais nesta vida
aqueles que suas chagas
o nosso Deus vai curar .
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