Penas do Pio

Poesia Missioneira

suporte do blog - Ricardo Kraemer Medeiros (Pio)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Atestado

Tapeei chapéu que atesta
Meu nome é documento
Cavalgo sabendo trilhas
Não dou repuxo ao tempo
Liberdades esquecidas
Chacina foi consumada
Não se esquece covardia
Ruínas ficou cravada

Minha razão nesta vida
Posiciona-me na lida
Basta ser um missioneiro
Pra ser alguém nesta vida
O que gorjeio no peito
É fruto de um legado
Os que apartam lembranças
Certeza serão maneados

A lua me acompanha
Na certa olhos prateados
Iluminando a querência
Estrada rancho alumiado
Chapéu tapeado no tranco
Mapeando no tato estrelas
Sempre me achego pro pago
Buscando alguém que me queira.

Vai meu alazão correndo
Empoeirando coxilhas
Saudades de uma dona
Com chitas sempre floridas
Farturas me abastecem
Neste andar firme e forte
Nenhum gaúcho perece
Lutando de sul a norte.

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