Rasgar o Peito

Rasguei meu peito no ferro consegui me permitir
cinquenta chegando aí e eu já nem mais percebia
me judiava manhãs frias me levando de arrasto
tempestades com laçassos lembranças que não desfaço
uma coisa sempre faço viver com muita alegria.
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Depois do peito aberto fui conhecer o terreno
peito cheio de flores em outros tudo moreno
dito bem desajeitado mas aquele ar campeiro
dizendo o tempo inteiro que os campos estão lotados
invernada engorda o gado a fazenda prosperando
e os percalços da vida sempre vamos enfrentando.
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Como explicar esta lida de formar algo em nós
construímos nossos fortes que terão de suportar
não podemos mais deixar que o peito seja lacrado
arejar de lado a lado dar mais vida pro vivente
pois qualquer peito carente após o inverno é enterrado.
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Tantos aqui passaram e muitos que passarão
a viajem dentro do peito é longa e demorada
muitas pedras pelas estrada os pés quase descalços
as vezes de sobressaltos nos perdemos no caminho
noites com muitos espinhos calos em todos rastros.
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No peito da para enxergar o porvir amanhecendo
a certeza nos sabemos que devemos labutar
os filhos devem atuar nunca esquecendo a honra
chimarrão aquece a ronda que fizemos com direito
de abrir sempre o peito para ele se acalmar
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Sempre houve um sol raiando devemos apreciar
temos de acariciar de ventilar sempre o dito
pois não fico mais aflito fazendo com que se feche
rosários, escapulários e velas também me aquecem.
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Pobre das mães que estremecem somente de imaginar
que os peitos irão fechar não permitindo suas preces
seremos nós os algozes não deixar elas entrarem
faço agora o acerto mandar abrir todo o peito
botar tapete vermelho para orar por quem merece.
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Está bom até que não esta tão mal
não contando lamaçais também balaços no peito
o resto tudo direito abram a porteira dos ventos
peço com meus argumentos o sopro de boas novas
muitos poemas amor com prosa e as crianças correndo
afastando os lamentos um peito com mar de rosas.